Na mais recente reviravolta do caso que tem atraído os holofotes da mídia internacional, a Justiça espanhola concedeu liberdade condicional ao renomado jogador brasileiro, Daniel Alves, mediante o pagamento de uma fiança avaliada em 1 milhão de euros. A decisão foi tomada nesta quarta-feira por um tribunal em Barcelona, após o jogador recorrer de sua condenação por estupro, após ter cumprido cerca de um quarto de sua sentença de 4,5 anos.
As condições estipuladas para a liberação de Daniel Alves incluem a entrega de seus passaportes brasileiro e espanhol, a fim de restringir sua movimentação fora da Espanha, bem como a obrigação de comparecer semanalmente ao tribunal ou sempre que convocado pelas autoridades judiciais. Além disso, uma ordem de restrição foi imposta, proibindo-o de se aproximar da vítima.
O ex-lateral do Barcelona, Juventus e PSG estava detido em uma prisão de Barcelona desde janeiro de 2023, após ter sido condenado em 22 de fevereiro por estuprar uma mulher no banheiro de uma boate em Barcelona, em 2022. A condenação também incluiu o pagamento de 150 mil euros à vítima, contra o qual Daniel Alves recorreu.
A decisão do tribunal, que não foi unânime devido a um voto divergente de um dos três juízes do painel, baseou-se em um artigo da Constituição espanhola que consagra o direito à liberdade individual, argumentando que este direito supera a necessidade de prisão preventiva, especialmente considerando que a condenação de Daniel Alves ainda não é definitiva.
A advogada da vítima, Ester Garcia, expressou indignação com a decisão, qualificando-a como um exemplo de “justiça para os ricos” e prometendo recorrer da decisão. Enquanto isso, a defesa do brasileiro optou por não comentar sobre a decisão recente.
Este desdobramento marca mais um capítulo complexo e controverso neste caso amplamente acompanhado, deixando espaço para especulações e debates sobre os meandros do sistema judicial e os direitos individuais em meio a casos de grande repercussão pública.